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Mostrando postagens de maio, 2018

Células artificiais ganham “motor” para fotosíntese

Nova organela sintética combina componentes vegetais e animais para produzir energia para célula artificial A membrana (limite externo em vermelho) encapsula a actina, que são os “blocos de construção” da proteína do citoesqueleto e dos tecidos (linhas brancas). A actina foi polimerizada pelo acoplamento da síntese de ATP com organelas artificiais (pontos verdes) no interior da membrana. A busca pela criação de células artificiais segue dois caminhos: o primeiro visa recriar o software genômico de uma célula viva. O segundo mira no hardware celular, construindo, a partir do zero, estruturas simples semelhantes às células e que imitam suas funções. Um dos maiores desafios nessa segunda abordagem é imitar as complexas reações químicas e biológicas necessárias para que as células desempenhem comportamentos complexos. Uma equipe internacional de pesquisadores da Universidade de Harvard e da Universidade Sogang, em Seul, projetou uma estrutura celular que se utiliza da fotossí

Cientistas portugueses descobrem novo modelo de comunicação nas plantas

As células das plantas usam proteínas semelhantes aos recetores de glutamato - um neurotransmissor - que existem nos neurónios dos animais, para construir redes de comunicação. A descoberta é tema de capa da revista "Science" desta sexta-feira Capa da revista "Science": imagem de microscopia de fluorescência de uma flor de Arabidopsis, uma pequena planta herbácea usada na investigação da equipa de cientistas portugueses Pedro Lima e José Feijó. Um estudo feito por investigadores portugueses da Universidade de Maryland (College Park, EUA) e do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), liderados por José Feijó, propõe um novo modelo de comunicação para as células das plantas, em que cada célula contém uma complexa rede que se baseia em proteínas semelhantes aos recetores de glutamato existentes nos neurónios dos animais. O estudo é tema de capa da edição da revista "Science" que será publicada esta sexta-feira, 4 de maio. O glutamato é um aminoác

Robôs cultivam sozinhos miniórgãos a partir de células-tronco humanas

Máquinas fazem em 20 minutos procedimento que para cientistas humanos demora um dia Vista de cima de uma placa de micropoços contendo organóides renais, gerados por robôs de manuseio de líquidos a partir de células-tronco humanas. A região da caixa amarela é mostrada com maior ampliação. As cores vermelha, verde e amarela marcam segmentos distintos do rim. Um sistema automatizado que usa robôs foi projetado para produzir rapidamente miniorgãos humanos derivados de células-tronco. Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle, desenvolveram o novo sistema. A novidade promete expandir enormemente o uso de miniorgãos na pesquisa básica e na descoberta de medicamentos, de acordo com Benjamin Freedman, professor assistente de medicina da Divisão de Nefrologia da Escola de Medicina da Universidade de Wyoming (UW), que liderou a pesquisa. "É uma `arma secreta` em nossa luta contra as doenças", disse Freedman, cientista do Instituto

Jejum aumenta a capacidade regenerativa das células-tronco

Tratamento medicamentoso que imita o jejum também poderia proporcionar o mesmo benefício, conclui o estudo As Células-tronco intestinais de camundongos que jejuaram por 24 horas (à direita) produziram organóides intestinais muito mais substanciais do que as células-tronco de camundongos que não jejuavam (à esquerda). À medida que as pessoas envelhecem, suas células-tronco intestinais começam a perder a capacidade de regeneração. Estas células-tronco são a fonte de todas as novas células intestinais, logo, esse declínio pode dificultar a recuperação do indivíduo de infecções gastrointestinais e outras doenças que afetam o intestino. Essa perda de células-tronco relacionada ao envelhecimento pode ser reversível com um jejum de 24 horas, de acordo com um novo estudo de biólogos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Os pesquisadores descobriram que jejuar melhora drasticamente a habilidade de regeneração das células-tronco, tanto em novos como em velhos camundongo

A Resolution Revolution

Single-cell Sequencing Techniques are Providing Significant Advances Across a Broad Swath of Fields Source: Stocktrek Images / Getty Images Until recently, scientists studying multicellular organisms at the cellular level had one big problem: their techniques did not allow them to account for cell-to-cell variation. That’s because the technology required the use of bulk tissue samples and results could only be interpreted as an average of the cells in a sample. But today, due to advances in analytic methods developed over the past 10 years, scientists routinely conduct research of individual cells. Source: Alfred Pasieka/Science Photo Library / Getty Images “Single-cell analysis is transforming how scientists study biological systems,” said Alex Shalek, Ph.D., assistant professor of chemistry at MIT’s Institute for Medical Engineering & Science. “The cell is the fundamental unit of biology and, thanks to recent advances, we can now comprehensively profile a cell’s cont

Vacina para plantas pode ser alternativa a agrotóxicos

O objetivo inicial é evitar a aplicação de defensivos químicos às plantas comestíveis. [Imagem: CC0 Creative Commons/Pixabay] Alternativa aos agrotóxicos Os pesticidas já tiveram seu papel na história da agricultura; contudo, se quisermos realmente proteger o meio ambiente e a saúde das pessoas, está na hora de dar um salto tecnológico. Um projeto colaborativo entre a Universidade de Helsinque (Finlândia) e o Centro Nacional Francês para Pesquisa Científica (CNRS) está propondo um caminho para essa nova rota tecnológica. Em vez de aplicar venenos para matar as pragas e combater as doenças das culturas, o grupo propõe vacinar as plantas contra as doenças e as pragas. Esse caminho pode tão controverso quanto o da indústria química, já que há muitas restrições à chamada  biologia sintética , mas a equipe garante que as vacinas baseadas no RNA podem ser ambientalmente corretas. Vacina para plantas As doenças e pragas nas plantações têm sido tradicionalment

Espera pelo arroz dourado pode estar perto do fim

Crédito: HypeScience O Canadá está na vanguarda dos transgênicos. Em março de 2018 o país deu sinal verde para o arroz dourado, uma variedade geneticamente modificada (GM) do grão que possui altos níveis de betacaroteno, fonte de vitamina A. Segundo comunicado da Health Canada, a variedade “é tão segura quanto as já comercializadas”. Além dessa decisão, a nação mais ao norte da América vem se destacando por algumas outras aprovações recentes e pioneiras: Açúcar feito a partir de cana-de-açúcar transgênica Salmão geneticamente modificado para crescer mais rápido O aceno positivo seguiu o de outros países como Austrália e Nova Zelândia, que emitiram parecer favorável ao arroz dourado em dezembro de 2017. E este somou-se ao manifesto a favor do cereal GM assinado por mais de 100 vencedores do Prêmio Nobel. O Provitamin A Biofortified Rice Event GR2E (nome técnico do arroz dourado) foi criado com fins humanitários para combater a deficiência de vitamina A em regiões de extre

Genes da depressão: pesquisa investiga raízes da doença

A depressão é considerada o mal do século XXI. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2010, a doença era responsável por aproximadamente 10% do total de anos saudáveis desperdiçados pela humanidade. Atualmente, 400 milhões de pessoas convivem com o distúrbio no planeta. Além de liderar a lista das doenças mais incapacitantes, a depressão gera gastos na casa dos 800 bilhões de dólares por ano. Esse valor é equivalente ao Produto Interno Bruto da Turquia. O diagnóstico, entretanto, é difícil, especialmente nos casos mais leves. Os médicos ainda não conseguem ser categóricos em determinar as razões pelas quais uma crise se desencadeia. Porém, uma coisa é certa, há um fator genético. Exatamente para determinar o quanto os genes podem influenciar esse quadro (isto é, identificar se existem genes da depressão), 200 cientistas de 161 instituições do mundo todo, se reuniram para realizar uma ampla análise. A pesquisa teve a coordenação da Kings College London (Reino Uni

Descoberta na Amazônia enzima para fabricar etanol de segunda geração

Descoberta na Amazônia enzima-chave para obtenção do etanol de segunda geração, ou etanol celulósico.[Imagem: Beta-Glucosidase Amazônica] Etanol de celulose A produção do etanol de segunda geração, ou etanol celulósico, obtido a partir da palha e do bagaço da cana-de-açúcar, pode aumentar em até 50% a produção brasileira de álcool. Nosso país possui a melhor biomassa do planeta, a capacidade industrial instalada, a engenharia especializada e a levedura adequada. Mas ainda falta completar a composição do coquetel enzimático capaz de viabilizar o processo de sacarificação, por meio do qual os açúcares complexos (polissacarídeos) são despolimerizados e decompostos em açúcares simples. Compor uma plataforma microbiana industrial para a produção do conjunto de enzimas necessárias é o alvo de todas as pesquisas na área. Um importante resultado acaba de ser alcançado com a descoberta de microrganismos naturais capazes de produzir uma enzima crítica para o êxito do empreendime

Estruturas totalmente líquidas são impressas em 3D

É uma impressora 3D modificada para imprimir líquido em líquido. [Imagem: Berkeley Lab] Impressão 3D de líquidos Uma equipe do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos EUA, desenvolveu uma maneira de imprimir estruturas tridimensionais compostas inteiramente de líquidos. Usando uma impressora 3D modificada, Joe Forth e seus colegas injetaram finos jatos de água - eles os chamam de "fios" - em óleo de silicone, esculpindo tubos feitos de um líquido dentro de outro líquido. A impressora 3D de líquidos injeta "fios" de água em um surfactante especial feito com nanopartículas que travam a água no lugar. O surfactante, essencialmente sabão, impede que os tubos se quebrem em gotículas. O surfactante é tão eficiente nisso que a equipe o chama de "supersabão de nanopartículas". O supersabão foi fabricado dispersando nanopartículas de ouro em água e ligantes de polímero em óleo. As nanopartículas de ouro e os ligantes poliméricos tendem a se li