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Mostrando postagens de julho, 2018

Neurocientista defende universidades geridas como empresas: 'É preciso demitir quem não produz'

"O Ministério que cuidava da Ciência agora tem que cuidar de Comunicação também, e eu francamente não vejo o que é que uma coisa tem a ver com a outra", diz pesquisadora Pouco mais de uma semana após trocar o Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ Brasil por uma universidade nos Estados Unidos, a neurocientista Suzana Herculano-Houzel diz não estar tendo problemas para adaptar-se à nova realidade. "Aqui, mesmo quando as coisas não funcionam, elas acabam sendo resolvidas rapidamente", disse à BBC Brasil, por telefone, da Universidade Vanderbilt, em Nashville, no Estado do Tennessee. "O que não funciona aqui no momento, para você ter ideia, é que o meu sobrenome é grande demais para caber nos formulários (risos). É muito legal trabalhar numa universidade que tenha a estrutura ágil que qualquer empresa tem. As universidades brasileiras, as públicas, pelo menos, não tem." No início de maio, em artigo da revista Piauí, a pesquisadora cari

AstraZeneca, CNPq e Einstein se unem para fomentar desenvolvimento científico

Iniciativa inclui bolsas internacionais de pós-doutorado para cientistas brasileiros e parceria em pesquisa e desenvolvimento de estudos clínicos para doenças cardiovasculares, renais e metabólicas A  AstraZeneca , biofarmacêutica global, firmou um compromisso de colaboração com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, para a implementação de dois projetos que promovem a inovação e desenvolvimento científico no Brasil. As ações fazem parte do Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação 2018/2019, uma iniciativa conjunta liderada pelos governos do Brasil e do Reino Unido para o desenvolvimento de projetos e estratégias para quatro temas fundamentais: saúde e ciências da vida, clima e biodiversidade, agricultura sustentável e energia. Uma das iniciativas é uma parceria firmada com o CNPq para o desenvolvimento de um programa que oferecerá dez bolsas para cientistas brasileiros,

Como as espécies irão reagir às mudanças climáticas

Em dezembro de 2015, líderes políticos e cientistas de vários países reuniram-se em Paris, na 21a Conferência do Clima (COP-21), para debater as condições climáticas atuais e definir um novo acordo internacional sobre o clima. O Acordo de Paris foi assinado por 195 países, que se comprometeram a investir em tecnologias limpas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa para manter o aquecimento global abaixo de 2 °C (ver ‘O ‘clima’ do Acordo de Paris’, em CH 333). A presença de gases de efeito estufa na atmosfera tem aumentando cada vez mais nas últimas décadas. Desde o início da Revolução Industrial, em 1760, a concentração de CO2 cresceu mais de 30% – de 280 ppm (partes por milhão) para cerca de 400 ppm nos dias atuais. A taxa de aumento também se acelerou desde que começou a ser acompanhada continuamente em 1958, passando de 0,7 ppm ao ano, na época do primeiro registro, para uma média de 2,2 ppm anuais nas últimas décadas. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças do

Edifícios verdes modificam a paisagem urbana e melhoram a qualidade de vida

Adoção de medidas como redução no consumo de água e energia e instalação de áreas verdes contribuem para o bem-estar nas metrópoles Já parou para pensar que você passa boa parte do dia dentro de um lugar construído? Casa, trabalho, academia, restaurante, mercado. E, se mora nas cidades — como é o caso de 84,4% da população brasileira, segundo o IBGE — o espaço ao ar livre também é marcado pelos prédios, característica tradicional da paisagem urbana. Investir na construção de edifícios verdes, ou na adequação de prédios antigos a novas práticas sustentáveis, é um dos caminhos para a criação de cidades que ofereçam mais bem-estar. “Todo prédio vai trazer algum impacto. A questão é: como fazer isso de maneira não destrutiva, que traga valor para a cidade, crie espaços urbanos interessantes, e estimule o convívio?”, observa Milene Abla, vice-presidente e coordenadora do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade da Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura).

The right diet can boost potency of cancer drugs

Consuming the right foods can tweak a tumour's metabolism, making chemotherapy more effective. The proper diet can make certain cancer drugs more effective in mice.Credit: Alfred Schauhuber/ullstein bild via Getty Boosting the power of some cancer drugs could be as simple as modifying what you eat, according to two recent studies in mice. The results are the latest from an ongoing push to harness the body’s metabolism to fight cancer. A study published on 11 July in Nature finds that supplementing mouse chow with the amino acid histidine made a chemotherapy called methotrexate more effective against leukaemia cells. Histidine, which is particularly rich in foods like meat and beans, can be given as a nutritional supplement. The work comes on the heels of another study, published on 4 July in Nature, which found that using diet to influence insulin levels can make another set of cancer drugs — those that target a protein called PI3K — more effective. Both te

Vírus gigante com genética inédita é descoberto no Pantanal

O Pesquisador da Embrapa Pantanal, Ivan Bergier, é um dos autores do estudo publicado na revista  Nature Communications , no último dia 27/2, que revela a descoberta de dois novos vírus gigantes no Brasil. Os dois pertencem a um novo gênero batizado de Tupanvirus e têm uma complexidade genética jamais encontrada em qualquer outro vírus. Segundo os autores da pesquisa, esses vírus gigantes possuem o genoma muito sofisticado e poderão levar a uma revisão da classificação dos seres vivos. Um dos supervírus foi encontrado em salinas no Pantanal da Nhecolândia/MS. Foto: Jônatas Abrahão O Coordenador do estudo, o biólogo Jônatas Abrahão - professor do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que os dois vírus foram encontrados em ambientes aquáticos extremos, em condições semelhantes às que deram origem às primeiras formas de vida na Terra, há bilhões de anos. O primeiro Tupanvírus foi encontrado no sedimento de uma salina localizada e

A nova droga que pode fazer o sistema imunológico 'devorar' tumores

Desafio de fazer sistema imunológico atacar celulas tumorais é alvo de pesquisas no mundo todo Tratamentos que exploram o sistema imunológico para combater o câncer são uma área crescente de pesquisa para cientistas do mundo todo. Agora, uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos desenvolveu uma droga que ajuda o corpo a "comer" e a destruir células cancerígenas. O tratamento aumenta a ação dos glóbulos brancos, chamados macrófagos, que o sistema imunológico usa para devorar invasores indesejados. Testes em camundongos mostraram que a terapia funcionou para tumores agressivos de mama e pele, informou a revista científica  Nature Biomedical Engineering  (revista de Engenharia Biomédica da Natureza). Após terapia experimental, médicos dizem que mulher em estágio terminal está livre do câncer A promissora terapia que usa o sistema imunológico do próprio paciente para tratar o câncer A equipe americana que conduziu o estudo espera iniciar testes em humanos den

Cursos de microscopia eletrônica de varredura e transmissão na Central Analítica da UFC

Instituições científicas podem contratar obras de até R$ 660 mil sem licitação

Limite foi ampliado pelo governo, e laboratórios poderão realizar obras e receber equipamentos indispensáveis para a pesquisa científica O governo editou decreto que aumenta para R$ 660 mil o valor de obras de engenharia relacionadas a atividades de pesquisa e desenvolvimento que podem ser feitas sem licitação por instituições de ciência e tecnologia (ICTs). Esse valor representa 20% do total permitido pelo artigo 23 da Lei de Licitações, de R$ 3,3 milhões. Antes, as ICTs poderiam realizar obras no valor de até R$ 300 mil sem licitação. O acesso a esse dispositivo da lei por entidades que conduzem investigações científicas e tecnológicas foi permitida pelo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei nº 13.243/2016). Segundo o diretor de Políticas e Programas de Ciências do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Sávio Raeder, o aumento do valor para obras sem licitação vai permitir que as ICTs adequem seus laboratórios para receber equi