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Mostrando postagens de outubro, 2016

Cientistas da UFSCar desenvolvem biovidro que cura feridas de pele

Novo material regenera a área lesionada e é reabsorvido pelo corpo.  Produto foi testado em animais e ensaios em humanos começam em 2017. Pesquisadores da Universidade Federal de  São Carlos  (UFSCar) desenvolveram um tipo de biovidro flexível capaz de regenerar tecidos e acelerar o processo de cura de feridas. O material apresentou bons resultados em testes com animais e o próximo passo será a realização de ensaios em humanos, previstos para 2017. Os pesquisadores têm um convênio com o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e o projeto está em fase de análise. Curam feridas da pele, depois elas são reabsorvidas pelo corpo e são bactericidas, elas minimizam infecções e acabam com as bactérias", contou o professor Edgar Zanotto. "É um material absolutamente inovador", continuou. "É o vidro que cura, é um biovidro, o vidro bioativo". Desenvolvimento O biovidro tem sido usado como opção para diversos tipos de enxerto, mas depois de seis anos de e

O apoio popular virá

  ENTREVISTA Marcelo Caetano     Marcelo Caetano, secretário da Previdência e responsável pela elaboração de uma das propostas mais caras ao governo Temer, diz que aprovação ao projeto tende a crescer com a apresentação de suas vantagens e que não mexer na Previdência "não é uma opção" A fala mansa de Marcelo Caetano, economista que assumiu em maio a Secretaria da Previdência, não deixa entrever o tom usualmente catastrófico das análises feitas sobre o regime previdenciário brasileiro. Isso não significa que suas manifestações sobre o tema sejam menos enfáticas. Funcionário de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Caetano é considerado um dos maiores especialistas em aposentadoria do país. Com esse cartão de visitas, afirma que o país não pode mais se dar ao luxo de adiar a reforma da Previdência, que uma reforma tímida agora pode exigir outra em apenas três anos e que as mudanças que ele pretende sugerir vão respeitar direit

Idade do Universo: O que sabemos e o que não sabemos?

  Dúvidas científicas Quando ouve falar de como o Universo foi criado - Big Bang, expansão, idade do Universo e tudo o mais - você tem a impressão de estar às voltas com fatos e fenômenos inquestionáveis? Talvez não seja ainda o momento para ser tão otimista com nossas teorias - algumas delas, a propósito, meramente hipóteses. Senão, vejamos. Idade do Universo Um dos feitos mais comemorados no campo da Astrofísica no século passado foi a descoberta de que a idade do Universo é praticamente a mesma, fosse ela medida pela idade das estrelas mais antigas, fosse ela estimada de uma forma totalmente diferente, pela recessão das galáxias. Os dois métodos resultaram em tempos muito longos, na casa dos bilhões de anos, aparentemente dando uma confirmação tranquilizadora de que ambos provavelmente estão no caminho certo. Mas só aparentemente, porque os dois valores não eram idênticos e os cientistas rapidamente perceberam uma discrepância crucial: as estrelas mais antigas

Nanocápsulas com anti-inflamatório reduzem tumor cerebral maligno em camundongos

Cápsulas de dimensões nanométricas foram usadas com sucesso por pesquisadores da USP para “entregar” medicamentos ao cérebro e combater glioblastoma Qualquer medicamento administrado contra doenças cerebrais precisa enfrentar um escudo natural até chegar ao cérebro: a barreira hematoencefálica, uma estrutura de permeabilidade altamente seletiva que protege o sistema nervoso central de substâncias potencialmente neurotóxicas presentes no sangue. De acordo com especialistas, 98% dos medicamentos não conseguem ultrapassá-la – e aqueles que o fazem, em geral, necessitam ser administrados em altas concentrações e podem causar efeitos adversos graves. Para ampliar o alcance de fármacos no cérebro empregando doses seguras, pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) utilizaram cápsulas de dimensões nanométricas, capazes de atravessar a barreira hematoencefálica e “entregar” o medicamento no local exato onde ele deve ser adminis

DNA forma componentes eletrônicos de elétron único

  Automontagem Além de servir como manual de instruções para a estruturação da vida, o DNA parece também ser capaz de guiar a construção de estruturas inorgânicas - mais especificamente, de componentes eletrônicos. Embora moléculas de DNA venham sendo extensivamente usadas pela nanotecnologia para a construção dos mais variados tipos de dispositivos - computadores de DNA , nanorrobôs e peças para nanomáquinas , entre muitos outros - o trabalho de Kosti Tapio e seus colegas das universidades de Jyvaskyla e Tampere, na Finlândia, é diferente. A molécula de DNA propriamente dita não integra o dispositivo eletrônico, funcionando com um guia - graças à automontagem do DNA - sobre o qual três nanopartículas de ouro se ajeitam para formar o componente. Depois disso, a molécula permanece no local, servindo como suporte. As nanopartículas não precisam nem mesmo encostar umas nas outras, já que a eletricidade flui pelo nanofio pelo fenômeno quântico do tunelamento

Primeira tela holográfica realística, com 3D em 360º

  Tela 3D em 360º Pesquisadores coreanos apresentaram o primeiro projetor holográfico que permite uma visualização completa em 3D em 360 graus. Ou seja, é possível ver a imagem 3D dando a volta completa ao redor dela. O aparato ainda é grande e não daria para embuti-lo no R2D2, mas é a primeira vez que a tão sonhada tela holográfica se apresenta em todo o esplendor previsto pela ficção científica. Yongjun Lim e seus colegas do Instituto de Pesquisas em Eletrônica e Telecomunicações conseguiram o feito deixando de lado as técnicas mais utilizadas até hoje no campo da holografia 3D . Holograma virtual e projetores giratórios Tipicamente, os hologramas 3D têm usado técnicas baseadas em moduladores espaciais de luz e em técnicas de multiplexação por divisão espacial ou temporal (SDM e TDM, respectivamente). Em vez disso, a equipe coreana criou um aparato que usa um holograma virtual amplificado, por sua vez projetado em dois espelhos parabólicos giratór

Computação híbrida usa memória externa para ganhar inteligência

  Computador Neural Diferenciável Uma nova estrutura computacional, que associa uma rede neural a uma memória externa, semelhante à dos computadores convencionais, mostrou-se capaz de realizar tarefas dificilmente realizáveis pelos sistemas computacionais atuais. Essas tarefas incluem resolver um quebra-cabeça cujo objetivo é formulado em linguagem simbólica, navegar por árvores genealógicas ou decidir qual a rota mais eficiente em um sistema de metrô - que é uma versão do problema do caixeiro-viajante . Essa estrutura foi batizada de Computador Neural Diferenciável (CND) por Alex Graves e seus colegas do laboratório Google DeepMind. Inteligência Artificial As redes neurais são programas capazes de aprender por tentativa e erro, reforçando as conexões que conduzem ao resultado desejado e eliminando as menos utilizadas. Sua deficiência está na dificuldade em representar e armazenar dados em forma simbólica e por longos períodos. Os computadores tradic

Brasileiro não reconhece ciência na agricultura

  Pesquisa conduzida pelo IBOPE CONECTA revela que o brasileiro não relaciona a produção de alimentos com a aplicação de conhecimento científico. Segundo dados do levantamento, apesar de 79% dos entrevistados declararem ter interesse por ciência, apenas 23% dos respondentes acredita que o conhecimento científico auxilia na produção de alimentos. O dado surpreende uma vez que a agricultura é um dos setores no qual o Brasil mais se destaca. A pesquisa, ao mostrar que o brasileiro se interessa por ciência, mas não a relaciona com a produção de alimentos, mostra que é necessário aproximar esse tema do cotidiano das pessoas para que elas reconheçam que nem só de eletrônicos e medicamentos vive a pesquisa e que, principalmente no caso do Brasil, a inovação está no essencial, na alimentação. Outros dados da pesquisa revelam que o entendimento das tecnologias é diretamente proporcional ao interesse do respondente pelo conhecimento científico. É o caso, por exemplo, do

Mostarda transgênica é considerada segura

  O sub-comitê técnico do Comitê de Avaliação de Engenharia Genética da Índia (GEAC, na sigla em inglês) avaliou que a mostarda geneticamente modificada (GM) denominada DMH-11 (Dhara Mustard Híbrido 11) é segura para consumo humano ou animal e para o meio ambiente. De acordo com o grupo formado no início deste ano para reavaliar os dados de biossegurança da variedade, ela “não suscita quaisquer preocupações de saúde ou segurança pública para seres humanos ou animais e tem as mesmas características nutricionais que a variedade convencionals”. A entidade concluiu ainda que as proteínas introduzidas não são tóxicas ou alergênicas. As pesquisas que possibilitaram a mostarda transgênica DMH-11 foram realizadas de 1996 a 2015 pela Universidade do Sul de Delhi. Trata-se da primeira variedade geneticamente modificada (GM) da planta desenvolvida pelo setor público do país asiático, com financiamento do Departamento de Biotecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MO

Potencial eólico do Brasil pode ser seis vezes maior

Eólica sobre a terra Uma revisão do potencial eólico em terra do Brasil aponta que o país pode ter uma capacidade seis vezes maior de produzir energia a partir dos ventos do que o estimado até agora. A alteração do potencial se deve sobretudo ao aumento da altura das torres de geração eólica em relação a 2001, quando foi compilado o último grande levantamento nacional - o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. A revisão foi feita pela equipe do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-Clima). "O Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi feito com a estimativa do uso de torres de 50 metros de altura. Hoje, temos torres acima de 100 metros, que ampliam o potencial tecnicamente viável de exploração de 143 gigawatts para 880 gigawatts," disse o coordenador da pesquisa, Ênio Bueno Pereira, do INPE. "Além disso, consideramos uma expansão das áreas que se tornam economicamente viáveis para a instalação das torres."

Fiocruz lança novo site do Acervo Digital de Obras Raras

Lançado nesta terça-feira (18/10) na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2016, novo site da Fundação oferece, de forma sistematizada, um dos acervos bibliográficos mais importantes da América Latina O novo  site do Acervo Digital de Obras Raras e Especiais da Fiocruz , lançado nesta terça-feira (18/10) na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) 2016, marca o aniversário de 30 anos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e oferece, de forma sistematizada, um dos acervos bibliográficos mais importantes da América Latina. Na mesma data, foi inaugurada a exposição  Raros e Preservados , contendo ilustrações e livros raros do acervo da Seção de Obras Raras Assuerus Overmeer da Biblioteca de Manguinhos, localizada no Castelo Mourisco da Fiocruz. Iniciativa do Multimeios, Obras Raras Fiocruz disponibiliza milhares de páginas dos principais títulos abrigados na Seção de Obras Raras Assuerus Overmeer. En

Tecnologia armazena energia solar para noite inteira

  Armazenamento de energia limpa Um novo sistema de armazenamento térmico de energia consegue converter a energia solar coletada durante o dia e armazená-la com uma eficiência que garante o abastecimento contínuo por um período de 8 a 12 horas.  Ainda que muito progresso venha sendo feito recentemente no armazenamento das fontes limpas de energia - para lidar com os problemas de intermitência das fontes eólica e solar, principalmente - esta nova tecnologia é nada menos do que 20 vezes melhor do que os sistemas termais apresentados até agora. O sistema é baseado em uma bateria de fluxo , que usa a energia solar para fundir um material de mudança de fase, armazenando a energia, que é liberada quando necessário mediante a re-solidificação do material. Sal com grafite A chave para a melhoria foi mesclar um material de mudança de fase de baixo custo - o cloreto de sódio, ou sal de cozinha - com espumas de grafite de alta porosidade e elevada condução elétrica.

Fazenda futurística produz tomates no deserto

  Agricultura de alta tecnologia Enquanto o Brasil desce pela ladeira da desindustrialização e opta por uma alegada " vocação agrícola " nos moldes tradicionais, outros países demonstram que a tecnologia pode ajudá-los a não se tornar tão dependentes dos produtos primários importados - que nós contamos em exportar. A Austrália, por exemplo, está literalmente cultivando tomates no deserto. Em vez de desmatamentos e práticas extensivas, a fazenda australiana transformou uma área de deserto em um espaço com aspecto futurista, onde energia solar e dessalinização da água do mar fornecem os principais insumos necessários para uma agricultura de alta tecnologia. Sem poluição, usando fontes renováveis e energia limpa, a fazenda deverá produzir 17.000 toneladas de tomate neste ano. Como plantar no deserto A água do mar é bombeada por dois quilômetros até a área de 20 hectares da fazenda - na verdade, um conjunto de estufas. Uma usina de dessalinização

Sinterização a frio revoluciona fabricação de cerâmica

  Revolução na cerâmica Uma nova técnica, batizada de "processo de sinterização a frio", pode mudar a forma como são feitas peças e objetos de cerâmica, além de permitir a junção de materiais hoje considerados incompatíveis. Usada pela humanidade desde a pré-história, a fabricação de cerâmica consiste basicamente no aquecimento das argilas até altas temperaturas, que fazem com que os grânulos do material sinterizem - a sinterização é um processo de aglutinação, pelo qual as partículas não se fundem, mas atingem um calor suficiente para que suas redes cristalinas se conectem. Jing Guo e seus colegas da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, descobriram agora como fazer isto sem precisar de temperaturas tão elevadas - eles não conseguiram eliminar de vez o forno, mas a queda de temperatura é tamanha que se justifica o termo "a frio" com que batizaram sua tecnologia. Sinterização a frio O processo parte de um pó cerâmico sobre o qual s

Criado o primeiro Cristal do Tempo

Cristal espaço-temporal Os cristais do tempo, capazes de sobreviver até ao fim do Universo , causaram uma celeuma entre os físicos desde que sua existência foi prevista por Frank Wilczek, ganhador do Prêmio Nobel de Física de 2004. Embora vários artigos tenham sido publicados desde então tentando demonstrar a "impossibilidade" desses cristais do tempo, a equipe do professor Chris Monroe, da Universidade de Maryland, nos EUA, não se importou com o ceticismo e anunciou agora ter criado o primeiro cristal do tempo na prática. A ideia básica do cristal espaço-temporal é que o cristal gire de forma persistente, em um nível muito baixo de energia - sem precisar de energia externa -, permitindo quebrar tanto a simetria espacial quanto a simetria temporal. Mesmo se não houver muita gente interessada em deixar mensagens para quem possa surgir depois do fim do Universo, esses cristais podem ser usados como memórias quânticas muito robustas e confiáveis. Cr

Papel eletrônico mostra todas as cores

  Tela colorida passiva Este novo papel eletrônico tem menos de um micrômetro de espessura, é totalmente flexível e fornece toda a gama de cores oferecida pelos LEDs - tudo isso gastando 10 vezes menos energia do que a tela de um leitor eletrônico atual, como o Kindle ou o Kobo - que são monocromáticos. Kunli Xiong, da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, descobriu uma combinação de materiais quase perfeita para criar telas eletrônicas finas e flexíveis quando tentava fabricar um metamaterial fotônico cobrindo nanoestruturas metálicas com plásticos condutores de eletricidade. São essas nanoestruturas que refletem a luz de forma controlável. Ou seja, o papel eletrônico não emite luz como uma tela normal, ele apenas reflete a luz que o ilumina. "Por isso, ele funciona muito bem onde há luz brilhante, como sob o Sol, ao contrário das telas tradicionais de LED, que funcionam melhor no escuro. Ao mesmo tempo, ele precisa de apenas um décimo da en

Proteína sintética faz interface entre eletrônico e biológico

  Biomimetismo Conectar equipamentos eletrônicos diretamente ao corpo humano é um sonho antigo, que permitiria a fabricação de melhores implantes e próteses, inteligentes por si mesmas ou que possam ser controladas com o pensamento, além de uma série de ideias um tanto mirabolantes para construir "seres humanos otimizados". O grande desafio é conectar a eletrônica inerte, com seus componentes feitos de semicondutores, metais e plásticos, com as células biológicas. Yuhei Hayamizu e seus colegas da Universidade de Washington, nos EUA, confirmaram agora que o caminho para fazer uma interface entre o artificial e o biológico fica mais curto começando "daqui para lá", usando mecanismos que a própria biologia desenvolveu e que são mais robustos e capazes de lidar com desafios externos. Interface bioeletrônica Hayamizu usou engenharia genética para sintetizar peptídeos - pequenas proteínas responsáveis por inúmeras tarefas em nossas células -

Bolsista do CNPq é medalha de ouro em espectrometria de massas

Ainda em clima de Olimpíadas, o professor da Unicamp Marcos Nogueira Eberlin, Bolsista de Produtividade em Pesquisa 1B do CNPq, recebeu em Toronto, Canadá, mais uma medalha de ouro para o Brasil: a medalha J. J. Thomson, a principal honraria da área de espectrometria de massas no mundo, oferecida pela Fundação Internacional de Espectrometria de Massas (IMSF, na sigla em inglês). Um feito inédito, pois a medalha foi entregue pela primeira vez a um cientista sul-americano. Eberlin, que é fundador do laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas na Unicamp, recebeu a medalha durante a 21ª Conferência Internacional de Espectrometria de Massas no mês de agosto. A escolha foi feita após votação dos representantes de 39 sociedades de espectrometria de massa afiliadas. Conforme a IMSF, os nomes foram escolhidos entre 17 candidatos indicados graças aos relevantes serviços para o desenvolvimento e propagação da espectrometria de massas pelo mundo. A medalha é muito concor

Cinco razões por que as máquinas moleculares ganharam o Nobel

Trio de cientistas ganhou o Nobel de Química nesta terça-feira pela criação das “menores máquinas do mundo”. Saiba por que são importantes Um trio de cientistas responsável pela criação de máquinas moleculares, as “menores máquinas do mundo”, ganhou o prêmio Nobel de Química  nesta terça-feira. O francês Jean-Pierre Sauvage, o britânico J. Fraser Stoddart e o holandês Bernard Feringa desenvolveram motores, eixos, correntes, elevadores e até um “veículo” em escala molecular, que podem ter diversas aplicações futuras em nanotecnologia e biociência – essas máquinas poderiam, por exemplo, fazer parte da próxima geração de computadores ou levar medicamentos às células para combater o câncer. Os três pesquisadores, que vão dividir o prêmio de 8 milhões de coroas suecas (933.000 dólares ou mais de 3,5 milhões de reais) concedido pela Academia Real de Ciências da Suécia, contribuíram de maneiras diferentes para a criação das máquinas. Em 1983, Sauvage deu o primeiro passo nas pesqui

Estudo ajuda a entender como o crescimento dos neurônios é regulado

Nova pesquisa publicada na Nature Neuroscience revelou que neurônios projetam seus axônios para regiões mais macias, evitando áreas mais rígidas do tecido, por sinais mecânicos Durante o desenvolvimento do sistema nervoso, os neurônios crescem e projetam seus axônios – ramificações pelas quais os impulsos nervosos são conduzidos – ao longo de um caminho bem definido. Neurocientistas tentam, há décadas, desvendar os fatores que orientam esse processo. Diversos estudos demonstraram a importância de sinais químicos para guiar o trajeto neuronal. Algumas moléculas secretadas por células do tecido nervoso, entre elas as proteínas efrina e semaforina, podem repelir ou atrair os axônios para uma determinada direção. Agora, um novo estudo, cujo resultado foi  divulgado  na revista  Nature Neuroscience , revelou que o processo também é mediado por sinais mecânicos, relacionados com o grau de rigidez do tecido. A pesquisa foi coordenada por Kristian Franze, professor da Universidade de