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Mostrando postagens de julho, 2020

Seda de aranha é produzida por bactérias em grande escala

O biorreator com as bactérias e a seda produzida por elas, como coletada e vista ao microscópio. [Imagem: Choon Pin Foong et al. - 10.1038/s42003-020-1099-6] Seda sintética Cientistas japoneses conseguiram convencer bactérias a produzir seda de aranha. Devido às suas incríveis propriedades de força, resistência e biocompatibilidade, a seda de aranha vem sendo pesquisada para um sem-número de aplicações, da robótica à medicina. Ocorre que as aranhas produzem muito pouca seda, por isso os cientistas vêm tentando há algum tempo descobrir maneiras de produzir seda sintética. Choon Foong e seus colegas do Instituto Riken encontraram um meio para isso alterando geneticamente a bactéria marinha Rhodovulum sulfidophilum. Essa bactéria é ideal para a criação de uma biofábrica sustentável porque ela cresce naturalmente na água do mar, consome dióxido de carbono e nitrogênio da atmosfera e utiliza energia solar porque se alimenta por fotossíntese, como as plantas -

Experimento mostra que não há fronteira entre mundo quântico e mundo clássico

Este é o espelho de 40 kg que balançou depois de ser "chutado" por uma flutuação quântica. [Imagem: Caltech/MIT/LIGO Lab] Mundo sem fronteiras Pode ter terminado definitivamente uma busca que os físicos empreendem há décadas - a busca pela fronteira entre a mecânica quântica e a mecânica clássica. A busca parecia muito natural porque "devia" haver um divisor de águas que marcasse a partir de que dimensão os objetos param de funcionar como o fazem na escala humana e começam a se comportar como o fazem no mundo da física quântica. As diferenças são muito grandes, mas alguns poucos exemplos podem dar uma ideia: Você bate na porta e sua mão impacta a madeira, que lhe oferece uma resistência, com a energia sendo transformada em um pouco de aquecimento e um som de "toc toc" - no reino quântico, as partículas simplesmente tunelam, atravessando barreiras sólidas. Você joga uma pedra no lago e a pedra afunda, gerando ondas na superfície - no re

Vacina da Moderna contra a Covid-19 passa em prova de segurança e produz imunidade na 1ª fase de testes em humanos

Ensaios clínicos do laboratório norte-americano Moderna para uma vacina contra a Covid-19 apresentaram resultados promissores; essa é uma das vacinas estudadas para proteção contra o coronavírus. A vacina desenvolvida pelo laboratório norte-americano Moderna se mostrou segura e eficaz em um estudo publicado nesta terça-feira (14) pela revista "New England Journal of Medicine". Segundo o artigo, a imunização produziu anticorpos em 45 voluntários. Nenhum voluntário do estudo apresentou um efeito colateral grave, mas mais da metade relatou reações leves ou moderadas, como fadiga, dor de cabeça, calafrios, dores musculares ou dor no local da injeção. A maior parte das queixas veio dos pacientes que tomaram duas doses da vacina em sua concentração mais alta.Q Criticada por cientistas A publicação já havia sito antecipada pela farmacêutica sem apresentar os dados completos do estudo, ainda em maio, quando a Moderna anunciou, por meio de um comunicado, ter o

Interbacterial Toxin Leads Scientists to CRISPR-Free Method for Precise Mitochondrial Gene Editing

A team of collaborating Howard Hughes Medical Institute (HHMI) scientists has developed what they suggest is the first precision gene editing tool for mitochondrial DNA (mtDNA). The CRISPR-free technology exploits an interbacterial toxin—a kind of toxin that bacteria use to fight each other, and while it isn’t yet ready for use in humans, the new tool will make it easier for scientists to study mitochondrial diseases, and basic mitochondrial biology, in animals, suggested co-researcher Vamsi Mootha, PhD, an HHMI investigator at Massachusetts General Hospital and the Broad Institute. “This is a transformative technology for my field,” he commented. “It will now be possible to create mouse models of mitochondrial DNA disease—this has been super difficult until now.” The mitochondrial gene editing approach is the result of a collaboration between Mootha and fellow HHMI researchers Joseph Mougous, PhD, at the University of Washington, and David Liu, PhD, of Harvard University and

O Sino da Terra: Atmosfera terrestre toca música

A Terra toca uma música complexa e suave - infelizmente em um tom baixo demais para os ouvidos humanos. [Imagem: Sakazaki/Hamilton - 10.1175/JAS-D-20-0053.1] Música da Terra Um sino vibra em um tom mais grave e fundamental e, simultaneamente, em muitos tons harmônicos mais agudos, produzindo um som musical complexo, melodioso e agradável. O que não sabíamos é que toda a atmosfera da Terra vibra de maneira muito parecida, produzindo uma música inaudível para os humanos, mas igualmente complexa e suave. O badalar da atmosfera não produz uma música que possamos ouvir, por ser de frequência muito baixa, mas na forma de ondas de pressão atmosférica em larga escala que abrangem o globo e viajam pelo equador, algumas se movendo de leste para oeste e outras de oeste para leste. Cada uma dessas ondas é uma vibração ressonante da atmosfera global, análoga a um dos sons ressonantes de um sino. A descoberta, feita por Takatoshi Sakazaki (Universidade de Quioto) e Kev

Criada nova técnica de dessalinização

Nova técnica de dessalinização lida com salmoura hipersalina e pode transformar o gerenciamento global da água, incluindo águas residuais da indústria. [Imagem: Chanhee Boo/Columbia Engineering] Dessalinização por solvente Engenheiros da Universidade de Colúmbia, nos EUA, desenvolveram uma nova técnica de dessalinização que consegue lidar até mesmo com salmouras com altíssimo grau de salinidade. A técnica, batizada de "extração por solvente com temperatura oscilante", é radicalmente diferente dos métodos convencionais porque é uma técnica baseada em absorver a água usando um solvente, não utilizando membranas e nem mudança de fase evaporativa. "A descarga de líquido zero é a última fronteira da dessalinização," disse o professor Ngai Yip. "Evaporar e condensar a água é a prática atual desta técnica, mas consome muita energia e é proibitivamente caro. Conseguimos alcançá-la sem ferver a água - este é um grande avanço para dessalinizar as sal

Dia Nacional da Ciência | Incentivando a atividade científica no Brasil

Nesta quarta-feira (8), comemora-se o Dia Nacional da Ciência, mesma data em que é celebrado o Dia Nacional do Pesquisador Científico. Ambas homenageiam a criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que aconteceu em 8 de julho de 1948. Desde então a entidade é um dos pilares que sustentam a atividade científica em nosso país. O objetivo desta data é chamar atenção para o que o Brasil produz em termos de pesquisa científica, estimulando jovens a se interessarem por ciência e também levando o que nosso país produz nesta área para a sociedade em geral. É fato que, apesar de o Brasil contar com grandes cientistas em diversas áreas e, assim, contribuir significativamente para com o desenvolvimento científico mundial, tanto o Governo quanto a iniciativa privada ainda investem pouco em ciência em comparação com outras nações. Nosso país está, hoje, no 66º lugar do Índice Global de Inovação, entre 129 países — na América Latina, o líder é o Chile, no 51º lugar

Plantas controladas com luz prometem dispensar agrotóxicos

Cientistas descobriram uma maneira de controlar os diferentes processos das plantas - incluindo seu crescimento - usando nada além de luz colorida. [Imagem: Leonie-Alexa Koch/Universidade de Düsseldorf] Plantas controladas com luz Assim que os agrônomos e biólogos se deram conta de que os LEDs fornecem uma "suplementação luminosa" para as plantas, outra luz se acendeu na cabeça dos cientistas: E se a capacidade de produzir luzes de cores muito específicas pudesse ser usada para controlar as plantas de modo bem mais específico? Foi justamente o que conseguiram agora Rocio Fernandez e uma equipe das universidades East Anglia (Reino Unido) e Dusseldorf (Alemanha). Eles descobriram como controlar processos biológicos nas plantas - incluindo seu ritmo de crescimento - ativando e desativando diferentes genes usando apenas luz colorida. A equipe espera que suas descobertas possam levar a novas técnicas para ajudar as plantas a crescer, florescer e se adapt