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Mostrando postagens de novembro, 2016

Menor lente do mundo mostra ligações químicas entre átomos

Menor lente de aumento do mundo  Durante séculos, os cientistas acreditaram que a luz, como todas as ondas, não poderia ser focada em um ponto menor do que seu comprimento de onda - pouco menos de um milionésimo de metro, ou algumas centenas de nanômetros. Essa crença vem sendo desmistificada ao longo dos anos com o auxílio de diversas técnicas, incluindo  metalentes  e diversos tipos de  lentes planas . Agora, uma equipe do Reino Unido e da Espanha criou a menor lente de aumento do mundo, capaz de concentrar a luz em um ponto um bilhão de vezes menor, até a escala de átomos individuais. Felix Benz e seus colegas usaram nanopartículas para construir a menor cavidade óptica já feita, tão pequena que apenas uma única molécula pode caber dentro dela. A cavidade - que a equipe chamou de "picocavidade" - foi esculpida em uma nanoestrutura de ouro, sendo ela a responsável por confinar a luz a menos de um bilionésimo de metro. "Nossos modelos sugerem que átomos ind

Microscópio eletrônico finalmente a cores

Microscópio eletrônico colorido A melhor técnica de microscopia disponível para bisbilhotarmos dentro de uma célula agora consegue produzir imagens a cores. O desenvolvimento de um microscópio multicor é um avanço esperado há décadas na microscopia eletrônica, a técnica usada para ampliar objetos milhões de vezes, permitindo construir imagens de coisas como membranas celulares a conexões sinápticas entre neurônios, revelando  coisas que não podem ser vistas pela microscopia óptica . "Nos últimos 50 anos, ficamos tão acostumados a micrografias eletrônicas monocromáticas que agora é difícil imaginar que poderíamos voltar a usá-las. Este método tem muitas aplicações potenciais em biologia. Em nosso artigo, nós demonstramos como ele pode distinguir compartimentos celulares ou rastrear proteínas e marcar células," disse Stephen Adams, da Universidade da Califórnia em San Diego, principal responsável pelo desenvolvimento do novo microscópio. "A capacidade de discern

Empresa anuncia gerador de fusão a frio para 2017

Fusão a frio A chamada "fusão a frio" - uma reação nuclear capaz de produzir um ganho líquido de energia a temperatura ambiente - é um dos capítulos mais controversos da ciência. A novidade surgiu em 1989, quando Martin Fleishmann e Stanley Pons afirmaram ter verificado a fusão nuclear em um equipamento de mesa, chamado célula eletrolítica. Contudo, outros cientistas não conseguiram reproduzir o experimento e o que se viu a seguir foi uma briga que pouco tem de científica: como os dois pesquisadores foram ridicularizados pela comunidade científica, quase ninguém mais se atreveu a colocar a mão na massa e ver o que havia de real ou de irreal no experimento, sob o risco de também cair no ridículo. Agora, uma empresa emergente norte-americana, chamada BLP -  Brilliant Light Power , afirmou que colocará no mercado em 2017 uma célula eletrolítica que usa água pura como combustível para gerar energia. Hidrinos Segundo seu criador, Randell Mills - um dos poucos pesqui

Carbohydrate 3D structure validation

Abstract: Glycoproteins and protein–carbohydrate complexes in the worldwide Protein Data Bank (wwPDB) can be an excellent source of information for glycoscientists. Unfortunately, a rather large number of errors and inconsistencies is found in the glycan moieties of these 3D structures. This review illustrates frequent problems of carbohydrate moieties in wwPDB entries, such as nomenclature issues, incorrect N-glycan core structures, missing or erroneous linkages, or poor glycan geometry, and describes the carbohydrate-specific validation tools that are designed to identify such problems. Recommendations how to avoid these issues or how to rectify incorrect structures are also given. Robbie P Joosten, Thomas Lütteke. Carbohydrate 3D structure validation. Volume 44, June 2017, Pages 9–17 Source:  http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959440X16301221 Postado por David Araripe

Laser e antilaser são reunidos um único dispositivo

Antilaser Cinco anos atrás, pesquisadores da Universidade de Yale, nos EUA, construíram um  antilaser, uma espécie de "raio das trevas" , capaz de absorver toda a luz de um laser que o atinge, produzindo escuridão e calor. Eles ainda estão pesquisando o que fazer com ele, mas a capacidade de capturar luz coerente - a luz de um laser real - no meio de um monte de outras radiações - ou ruído - aponta para a possibilidade de construção de sensores químicos e biológicos extremamente sensíveis. Agora, Zi Jing Wong e seus colegas dos Laboratórios Berkeley, também nos EUA, fizeram algo que vai permitir trazer esses dispositivos para o uso prático: eles juntaram um laser e um antilaser dentro do mesmo invólucro. E, melhor de tudo, as duas funções opostas operam nas frequências de luz usadas em telecomunicações. "Em uma única cavidade óptica nós obtivemos tanto a amplificação coerente da luz quando sua absorção, na mesma frequência, um fenômeno que parece ser um contra

Microeletrônica sem semicondutores é feita com metamateriais

Metaeletrônica Acaba de ser demonstrada a viabilidade de se construir circuitos microeletrônicos que dispensam totalmente os semicondutores, os materiais que estão na base de toda a tecnologia informática atual - é com  semicondutores  que se fabrica diodos,  transistores  etc, com que são feitos os chips, ou circuitos integrados. O novo circuito é um triunfo dos metamateriais, estruturas artificiais que surgiram há poucos anos e que se tornaram conhecidas pelos mantos de invisibilidade e outros experimentos pitorescos. Contudo sua versatilidade vem ampliando rapidamente sua utilidade, graças a propriedades que os  metamateriais  têm de manipular a luz - com quase todas as frequências do espectro eletromagnético - de uma maneira que nenhum material natural é capaz. Isso equivale a dizer que o novo circuito lógico é controlado por luz. O protótipo tem uma condutividade 1.000 vezes maior do que circuitos eletrônicos equivalentes, e abre o caminho para a construção de circuito

Nervos eletrônicos atingem velocidade dos nervos biológicos

Bomba de íons Estão prontos os primeiros eletrodos que fazem jus ao nome de "nervos artificiais": eles disparam correntes iônicas praticamente na mesma velocidade que os nervos e células musculares no corpo humano - e com a precisão de células individuais. No ano passado, pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, demonstraram que é possível reduzir a dor em animais de laboratório vivos e se movimentando injetando o neurotransmissor GABA (ácido amino-butírico gama) diretamente na medula espinhal dos animais. Eles fizeram isto usando uma "bomba de íons", um  gerador de corrente iônica feito com componentes eletrônicos orgânicos  - nossos nervos e músculos se comunicam por meio de sinais enviados por meio de íons e moléculas, e o neurotransmissor GABA é uma dessas moléculas. Nervos artificiais Agora, seus colegas da Universidade de Linkoping aprimoraram os eletrodos, fazendo-os operar na mesma velocidade que os neurônios, o que deverá trazer ainda me

A espetacular história de um tratamento contra o câncer

No fim dos anos 2000, um grupo de trinta adultos e crianças com leucemia linfoide aguda buscaram a última esperança. Resistentes a todos os tratamentos conhecidos, essas pessoas se submeteram a um estudo clínico com uma estratégia inédita anticâncer. Se desse certo, estariam salvas, pelo menos por um tempo. Se desse errado, a sua morte não seria em vão, e as gerações seguintes seriam gratas pelo conhecimento que essa experiência proporcionou. A ideia era impressionante. Linfócitos dessas pessoas seriam retirados do sangue e infectados por um vírus completamente alterado pelos cientistas. Foi um dia um vírus de herpes. Agora é um fragmento desse vírus que contém um gene que localiza os linfócitos da leucemia. Acoplado a esse gene, dois fragmentos proteicos, fruto da genialidade de muitos cientistas, cuja função é fazer com que esses fragmentos-caçadores-de-células leucêmicas ficassem ainda mais poderosos A parte ruim do vírus, que causa infecção herpética, foi removida, calma ! Os lin

Este empreendedor constrói casas com o que você joga no lixo

O colombiano Oscar Méndez trabalhou por anos com plástico. Então, decidiu ensinar empresas e pessoas a reciclarem esse material por um bem maior: moradias. São Paulo – Quem acompanha o mundo do empreendedorismo sabe que novas empresas surgem todos os dias, solucionando problemas que nem imaginávamos ter. Porém, uma nova onda de negócios quer ir além e resolver deficiências que estão na sociedade há muito tempo. São os chamados empreendimentos sociais: suas ideias de negócio, que aliam lucro com uma missão maior, podem cruzar fronteiras e ajudar outros países que enfrentam problemas similares. É o caso da empresa colombiana Conceptos Plásticos: por meio da reciclagem de plásticos abandonados por companhias e pessoas físicas, o negócio consegue criar blocos para montar moradias – como se fossem peças de Lego em tamanho real. Além de ajudar o meio ambiente, a empresa diminui o déficit habitacional e promove melhores condições econômicas e sociais para quem mais precisa –

Cola do bicho-da-seda captura metais nobres e contaminantes da água

Sericina Além do fio de seda propriamente dito, o casulo do bicho-da-seda possui um tipo de cola, uma proteína, chamada sericina, que une os fios de seda uns aos outros, cimentando o casulo para manter sua integridade. No processo industrial atual de beneficiamento da seda, a sericina é uma fonte de poluição das águas ou de custo adicional para o tratamento dos efluentes. Os químicos Thiago Lopes da Silva e Meuris Gurgel da Silva, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), demonstraram agora que essa cola natural pode ter um destino mais nobre: em vez de se tornar um poluente, a sericina pode limpar a água, removendo metais tóxicos em estações de tratamento de água. Para isso, a dupla criou partículas feitas de uma combinação de sericina com alginato, um derivado das algas marinhas. Essas partículas híbridas mostraram-se capazes de capturar da água metais tóxicos como cromo, cádmio, zinco ou chumbo. Dependendo do metal, as taxas de remoção podem chegar a mais de 99%. Re

Papel regravável pode ser utilizado até 40 vezes

Impressão temporária Como a era digital não trouxe a esperada redução no uso de papel, tem havido alguns esforços para a criação de  papéis regraváveis , que possam ser reimpressos várias vezes antes de irem para a reciclagem. Os resultados mais recentes acabam de ser alcançados por Jing Wei, da Universidade Shandong, na China. Ele desenvolveu um papel regravável de baixo custo dispersando partículas de óxido de tungstênio, um material de baixa toxicidade, com o polímero polivinilpirrolidona, usado em medicamentos e alimentos. O material resultante é um filme fino, a meio caminho entre uma folha de papel e uma folha de plástico, que pode ser fabricado pela técnica industrial do rolo-a-rolo. Papel regravável Para imprimir, o filme é exposto à luz ultravioleta, com os caracteres e imagens aparecendo em uma cor azul cuja intensidade depende do tempo de exposição - o azul mais forte exige uma exposição de 30 segundos. Ainda não dá para escrever à mão, mas uma técnica de impr

Experimento de código aberto funde biologia com eletrônica

Lâmpada de bactérias Em breve será possível fazer uma lâmpada acionada não por eletricidade, mas por bactérias - com algum conhecimento de biologia, você próprio poderá fazer a sua. É o que garante um grupo de estudantes da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, que está combinando engenharia eletrônica com  biologia sintética para criar circuitos eletrobiológicos. Eles manipularam geneticamente bactérias  E. coli  para apresentarem fluorescência em algo parecido com uma lâmpada plana. A lâmpada acende quando as bactérias experimentam estresse térmico induzido por uma  célula a combustível microbiana  - um dispositivo que atua como uma bateria, aproveitando a energia elétrica da ação dos micróbios. Biologia de código aberto A equipe projetou uma cepa de  E.coli  que, devido à expressão aumentada de um gene fluorescente, brilha sob ação de uma corrente elétrica ou sob a influência de uma fonte de calor a 42 °C. Eles também projetaram um circuito para conectar a lâmpada

The average U.S. family destroys a football field's worth of Arctic sea ice every 30 years

By Warren Cornwall Nov. 3, 2016, 2:00 p.m. The jet fuel you burned on that flight from New York City to London? Say goodbye to 1 square meter of Arctic sea ice. Since at least the 1960s, the shrinkage of the ice cap over the Arctic Ocean has advanced in lockstep with the amount of greenhouse gases humans have sent into the atmosphere, according to a study published this week in  Science .  Every additional metric ton of carbon dioxide (CO 2 ) puffed into the atmosphere appears to cost the Arctic another 3 square meters of summer sea ice —a simple and direct observational link that has been sitting in data beneath scientists' noses. "It's really basic," says co-author Dirk Notz, a sea ice expert at the Max Planck Institute for Meteorology in Hamburg, Germany. "In retrospect, it sounds like something someone should have done 20 years ago." If both the linear relationship and current emission trends hold into the future, the study suggests the Arctic wil