Pular para o conteúdo principal

Cientistas desenvolvem modo de armazenar arquivos em poeira

Um grupo de cientistas da Universidade Ghent, na Bélgica, criou uma maneira um tanto diferente de salvar seus dados e arquivos digitais: em forma de pó.

Preocupados com a quantidade de metais necessária para se produzir tantos pendrives, cartões microSD e discos rígidos, a equipe liderado pelo pesquisador Steven Martens desenvolveu um processo químico que permite armazenar informações como um texto ou um código QR em pó.

O método utiliza codificadores bioquímicos para transformar fragmentos de textos e códigos QR em macromoléculas (pó) formadas por coleções de oligômeros, onde as informações são codificadas. Esses oligômeros contêm amido-uretano, que são utilizados no processo de recodificação dessas partículas de poeira em dados digitais, que são lidas através de um método de análise bioquímica.

Por enquanto, a equipe desenvolveu dois programas que fazem essa codificação dos dados: um decodificador químico (chamado de Chemcoder), que garante que os dados das moléculas sejam analisados em segundos; e um leitor químico (chamado de Chemreader), que automatiza o processo de tradução para as moléculas e vice-versa. Ambos os programas permitem fazer o registro de dados e depois usá-los para fazer o redirecionamento a um link de site, um mapa da cidade ou algum outro aplicativo.

Em comparação com o armazenamento em DNA (outro método alternativo que já é mais difundido), a poeira de armazenamento utiliza estruturas moleculares mais simples e oferece uma sistema mais robusto, tornando-se uma base promissora para o desenvolvimento de futuras tecnologias de armazenamento de dados.

Fonte: Nature

FONTE DO TEXTO: https://canaltech.com.br/inovacao/cientistas-desenvolvem-modo-de-armazenar-arquivos-em-poeira-127393/

Postado por Cláudio H. Dahne (Ciências Biológicas - UFC)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS E A EQUAÇÃO DE ARRHENIUS por Carlos Bravo Diaz, Universidade de Vigo, Espanha

Traduzido por Natanael F. França Rocha, Florianópolis, Brasil  A conservação de alimentos sempre foi uma das principais preocupações do ser humano. Conhecemos, já há bastante tempo, formas de armazenar cereais e também a utilização de azeite para evitar o contato do alimento com o oxigênio do ar e minimizar sua oxidação. Neste blog, podemos encontrar diversos ensaios sobre os métodos tradicionais de conservação de alimentos. Com o passar do tempo, os alimentos sofrem alterações que resultam em variações em diferentes parâmetros que vão definir sua "qualidade". Por exemplo, podem sofrer reações químicas (oxidação lipídica, Maillard, etc.) e bioquímicas (escurecimento enzimático, lipólise, etc.), microbianas (que podem ser úteis, por exemplo a fermentação, ou indesejáveis caso haja crescimento de agentes patogênicos) e por alterações físicas (coalescência, agregação, etc.). Vamos observar agora a tabela abaixo sobre a conservação de alimentos. Por que usamo

Two new proteins connected to plant development discovered by scientists

The discovery in the model plant Arabidopsis of two new proteins, RICE1 and RICE2, could lead to better ways to regulate plant structure and the ability to resist crop stresses such as drought, and ultimately to improve agricultural productivity, according to researchers at Texas A&M AgriLife Research. Credit: Graphic courtesy of Dr. Xiuren Zhang, Texas A&M AgriLife Research The discovery of two new proteins could lead to better ways to regulate plant structure and the ability to resist crop stresses such as drought, thus improving agriculture productivity, according to researchers at Texas A&M AgriLife Research. The two proteins, named RICE1 and RICE2, are described in the May issue of the journal eLife, based on the work of Dr. Xiuren Zhang, AgriLife Research biochemist in College Station. Zhang explained that DNA contains all the information needed to build a body, and molecules of RNA take that how-to information to the sites in the cell where they can be used

Cerque-se de pessoas melhores do que você

by   Guilherme   on   6 de abril de 2015   in   Amigos ,  Valores Reais A vida é feita de  relações . Nenhuma pessoa é uma ilha. Fomos concebidos para evoluir, não apenas do ponto-de-vista coletivo, como componentes da raça humana, cuja inteligência vai se aprimorando com o decorrer dos séculos; mas principalmente da perspectiva individual, como seres viventes que precisam uns dos outros para crescer, se desenvolver e deixar um  legado útil  para os que vivem e os que ainda irão nascer. E, para tirar o máximo proveito do que a vida tem a nos oferecer, é preciso criar uma rede – ou várias redes – de relacionamentos saudáveis, tanto na seara  estritamente familiar  quanto na de  trabalho e negócios , pois são nessas redes que nos apoiamos e buscamos solução para a cura de nossos problemas, conquista de nossas metas pessoais e profissionais, e o conforto em momentos de aflição e tristeza. Por isso, se você quiser melhorar como pessoa, não basta apenas adquirir  alto grau de conhe