Pular para o conteúdo principal

Nomes dos 4 novos elementos da tabela periódica são apresentados



De acordo com o órgão, os novos elementos sintéticos se chamam nihonium (elemento 113), moscovium (115), tennessine (117) e oganesson (118)

A União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac), órgão internacional e não governamental que tem a palavra final sobre a tabela periódica, apresentou ao público na quarta-feira os nomes propostos para os quatro novos elementos  descobertos no fim de dezembro. Os nomes passarão por uma consulta pública até novembro deste ano, quando o resultado será publicado.
Tabela periódica
Elemento 113 foi batizado de nihonium em homenagem a Nihon, uma das formas de falar Japão em japonês, e que significa “terra do sol nascente” (Ryan McVay/VEJA)

De acordo com o órgão, os novos elementos se chamam nihonium (elemento 113), moscovium (115), tennessine (117) e oganesson (118). Os símbolos propostos são Nh, Mc, Ts e Og, respectivamente. Os elementos foram confirmados pelos cientistas no fim de dezembro e adicionados à tabela periódica, que ordena os elementos conforme sua composição e propriedades químicas.

Os elementos, que foram descobertos por cientistas no Japão, Rússia e Estados Unidos, receberam nomes que homenageiam os países de origem, substituindo os nomes temporários que haviam recebido – ununtrium (Uut), ununpentium (símbolo Uup), ununseptium (Uus) e ununoctium (Uuo).

A descoberta do elemento 113, nihonium, que havia sido reivindicada por cientistas russos e americanos, foi concedida a pesquisadores do Instituto Riken, no Japão. Por isso, o elemento foi batizado homenageando Nihon, uma das formas de falar Japão em japonês e que significa “terra do sol nascente”. Esse foi o primeiro elemento a ser nomeado na Ásia.

O elemento 118, oganesson, foi nomeado em homenagem ao professor de física nuclear russo Yuri Oganessian, que liderou as pesquisas para a sua descoberta. Ele será a segunda pessoa na história a ser homenageada com a nomeação de um elemento enquanto ainda viva.

O elemento 115, moscovium, recebeu esse nome em homenagem a Moscou, que abriga o centro de pesquisas nuclear russo; e o elemento 117, tennessine, homenageia o Tennessee, estado americano onde está localizado um dos laboratórios que ajudaram na descoberta. Eles foram os primeiros elementos a ser adicionados à tabela desde 2011, quando os elementos 114 e 116 foram incluídos.

Descoberta – Um elemento químico representa um conjunto de átomos que têm a mesma quantidade de prótons em seu núcleo. A tabela periódica ordena e agrupa os elementos conforme determinadas características, permitindo a cientistas prever inúmeras propriedades e reações.

Os elementos descobertos são sintéticos e criados em aceleradores de partículas, que fazem átomos se chocarem e seus núcleos se fundirem. Os quatro são radioativos e permanecem estáveis apenas por frações de segundo antes de decair, liberando energia de seu núcleo e se transformando em outros elementos.

Fonte:http://veja.abril.com.br/ciencia/nomes-dos-4-novos-elementos-da-tabela-periodica-sao-apresentados/


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fármaco brasileiro aprovado nos Estados Unidos

  Em fotomicrografia, um macho de Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose CDC/G. Healy A agência que regula a produção de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, a FDA, concedeu o status de orphan drug para o fármaco imunomodulador P-Mapa, desenvolvido pela rede de pesquisa Farmabrasilis, para uso no tratamento de esquistossomose.  A concessão desse status é uma forma de o governo norte-americano incentivar o desenvolvimento de medicamentos para doenças com mercado restrito, com uma prevalência de até 200 mil pessoas nos Estados Unidos, embora em outros países possa ser maior. Globalmente, a esquistossomose é uma das principais doenças negligenciadas, que atinge cerca de 200 milhões de pessoas no mundo e cerca de 7 milhões no Brasil.  Entre outros benefícios, o status de orphan drug confere facilidades para a realização de ensaios clínicos, após os quais, se bem-sucedidos, o fármaco poderá ser registrado e distribuído nos Estados Unidos, no Brasil e em outro...

CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS E A EQUAÇÃO DE ARRHENIUS por Carlos Bravo Diaz, Universidade de Vigo, Espanha

Traduzido por Natanael F. França Rocha, Florianópolis, Brasil  A conservação de alimentos sempre foi uma das principais preocupações do ser humano. Conhecemos, já há bastante tempo, formas de armazenar cereais e também a utilização de azeite para evitar o contato do alimento com o oxigênio do ar e minimizar sua oxidação. Neste blog, podemos encontrar diversos ensaios sobre os métodos tradicionais de conservação de alimentos. Com o passar do tempo, os alimentos sofrem alterações que resultam em variações em diferentes parâmetros que vão definir sua "qualidade". Por exemplo, podem sofrer reações químicas (oxidação lipídica, Maillard, etc.) e bioquímicas (escurecimento enzimático, lipólise, etc.), microbianas (que podem ser úteis, por exemplo a fermentação, ou indesejáveis caso haja crescimento de agentes patogênicos) e por alterações físicas (coalescência, agregação, etc.). Vamos observar agora a tabela abaixo sobre a conservação de alimentos. Por que usamo...

Ferramenta na internet corrige distorções do mapa-múndi

Tamanho do Brasil em relação aos países europeus (Google/Reprodução) Com ajuda da tecnologia digital, é possível comparar no mapa o real tamanho de nações e continentes Os países do mundo não são do tamanho que você imagina. Isso porque é quase inviável imprimir nos mapas, planos, em 2D, as reais proporções das nações e dos continentes. Mas agora, com a ajuda da tecnologia moderna, as distorções do mapa-múndi podem ser solucionadas. É exatamente o que faz o site The True Size Of (em inglês, ‘o verdadeiro tamanho de’). Ao entrar na plataforma é possível verificar o real tamanho de um país, comparando-o com qualquer outro do planeta. Por exemplo, o Brasil sozinho é maior que mais de vinte países da Europa juntos (confira na imagem acima). Por que é distorcido? O primeiro mapa-múndi retratado como conhecemos é do alemão Martin Waldseemüller, feito em 1507, 15 anos depois dos europeus chegarem à América com Cristóvão Colombo em 1492. Na projeção, observa-se uma África muito maior...