Em 2015, UnB estava na 491ª colocação; em 2016, caiu para o 601º lugar.
Universidade de Brasília é a 10ª melhor do Brasil, e a 32ª da América Latina.
A Universidade de Brasília (UnB) caiu mais de cem posições no ranking QS World University
de 2016, que avalia os melhores centros de ensino superior do mundo.
Depois de aparecer entre as 500 melhores do mundo em 2015, a UnB caiu
para o grupo entre as posições 601 e 650 – a lista não oferece
colocações exatas após o 400º lugar.
Na tarde desta terça (6), após a publicação desta reportagem, a UnB informou ao G1 que
a queda no ranking foi causada por uma "falha interna no fluxo de dados
repassados" e que a universidade "não regrediu, de fato, nos
indicadores avaliados".
O ranking internacional listou, neste ano, as 916 melhores instituições
de ensino superior do mundo. De acordo com a lista, a UnB é a décima
melhor universidade brasileira.
Ao todo, 22 universidades do Brasil aparecem na lista do QS. Em um dos
filtros disponíveis no site, a instituição caiu dez posições no cenário
da América Latina. Em 2015, a UnB ocupava a 22ª posição nesse recorte, e
agora, aparece em 32º lugar.
A USP aparece novamente como a universidade brasileira mais bem posicionada no ranking. Em
2016, a instituição paulista atingiu novo recorde – segundo o QS World
University, é a 120ª melhor universidades do mundo. Pelo quinto ano
seguido, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em
inglês) foi eleito a melhor universidade do mundo.
Critérios
Atualmente, o ranking QS é feito com base em pesquisas realizadas com mais de 74 mil acadêmicos e 37 mil empregadores, além de análise de 10 milhões de artigos de pesquisa e 66 milhões de citações.
As universidades são avaliadas de acordo com seis indicadores, cada um
com um peso diferente na composição do resultado: reputação acadêmica
(40%), reputação do empregador (10%), relação entre corpo docente e
estudante (20%), citações por docente (20%), estudantes internacionais
(5%) e docentes internacionais (5%).
Além da USP, as outras duas universidades brasileiras avaliadas entre
as 400 melhores do mundo também avançaram de posição no ranking. A
Unicamp subiu da 195ª para a 191ª posição, e a UFRJ passou do 323º para o
321º lugar.
“Embora o crescimento da USP seja louvável, nossa métrica sobre
docentes por estudantes sugere que o sistema como um todo tem falhado em
oferecer acesso suficientemente igualitário à educação superior", diz o
chefe de divisão de pesquisa da QS, Ben Sowter.
Em junho, a empresa britânica Quacquarelli Symonds divulgou ranking mundial que apontava a UnB como a quarta melhor universidade do país
(atrás de USP, Unicamp e UFRJ). Em cinco anos, a UnB subiu 16 posições
na avaliação, passando do 25º lugar em 2012 para a 9ª posição na América
Latina, neste ano.
UnB e orçamento
Em relatório de gestão divulgado em julho, a UnB listou conquistas acadêmicas relacionadas à melhoria no ensino e na pesquisa. Um dos principais indicadores positivos obtidos pela UnB entre 2011 e 2015 foi o conceito máximo (5) no Índice Geral de Cursos do Ministério da Educação.
"Devemos satisfação ao MEC, que é quem financia a universidade, e
passamos para a nota 5. Mas ainda está muito perto da nota 4, ainda tem
espaço para crescer muito. A meta é ser a melhor universidade da América
Latina, mas não é algo de curto prazo, e sim para dez anos", afirmou
Camargo ao G1, naquela época.
Apesar das melhorias divulgadas, o relatório também apontou que a UnB
corre risco de regredir por falta de dinheiro. Em 2015, de cada R$ 10
previstos para investimento, apenas R$ 4 foram aplicados de fato.
Nova reitora
Na última quinta (1º), a comunidade acadêmica da UnB elegeu em primeiro turno a professora Márcia Abrahão como nova reitora. Ela deve comandar a UnB até 2020 e é a primeira mulher eleita para o cargo.
Os nomes de Márcia e do vice-reitor, Enrique Huelva, serão encaminhados
para o Conselho Universitário (Consuni), que tem até 16 de setembro
para homologar o resultado. Uma lista tríplice, com o resultado
eleitoral, será enviada à Presidência da República.
As pautas defendidas pela chapa durante a campanha eleitoral incluíam a
criação de um programa de acompanhamento dos alunos formados, o aumento
da integração com outras instituições de ensino do Centro-Oeste e o
incentivo a estratégias como carona solidária e bicicletas
compartilhadas.
Postado por Hadson Bastos
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