Maior repasse dos últimos anos correspondeu a 0,22% do total das despesas livres
BRASÍLIA — Destruído por um incêndio no último domingo, o Museu Nacional sofreu com reduções nos repasses de recursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nos últimos sete anos. Segundo dados do governo federal, de 2012 a 2018, o museu recebeu, em média, R$ 559 mil. No melhor ano, 2013, a instituição ficou com R$ 959 mil, o que representa apenas 0,22% do total das despesas livres da UFRJ, de R$ 430 milhões.
BRASÍLIA — Destruído por um incêndio no último domingo, o Museu Nacional sofreu com reduções nos repasses de recursos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nos últimos sete anos. Segundo dados do governo federal, de 2012 a 2018, o museu recebeu, em média, R$ 559 mil. No melhor ano, 2013, a instituição ficou com R$ 959 mil, o que representa apenas 0,22% do total das despesas livres da UFRJ, de R$ 430 milhões.
Bombeiros trabalham no Museu Nacional - Marcelo Theobald / Agência O Globo
Ainda de acordo com os números da equipe econômica, em 2017, o valor repassado foi de R$ 364 mil, ou 0,09% dos gastos discricionários da Universidade, que somaram R$ 398 milhões. Em 2018, o valor previsto é de R$ 376 mil, o que representa o mesmo percentual de 0,09% dentro dos gastos livres.
Os números deixam claro que a maior parte dos recursos da UFRJ são tomados por despesas obrigatórias (essencialmente folha de pagamento). Em 2017, por exemplo, elas consumiram 86,9% do Orçamento da instituição e chegaram a R$ 2,77 bilhões. Este ano, o montante será ainda maior: 87,5%, ou 2,78 bilhões.
Os técnicos do governo apontam, no entanto, que dentro dos recursos que sobram nas mãos da UFRJ, o Museu Nacional não foi uma prioridade. Ele ficou com 0,16% dos recursos livres em 2012; 0,22% em 2013; 0,19% em 2014; 0,1% em 2015; 0,11% em 2016 e 0,09% em 2017.
— A UFRJ enfrenta os mesmo desafios da União. Tem o Orçamento consumido por despesas obrigatórias, o que deixa menos espaço para as discricionárias — disse um técnico do governo, acrescentando: — O Museu Nacional recebeu um percentual muito baixo dos recursos da Universidade. A UFRJ é quem melhor pode dizer como seus recursos devem ser alocados e o museu não é sua atividade fim. Ele requer toda uma logística especial que demanda recursos. Neste caso, existe a opção de abrir mão dessa gestão e repassá-la para a iniciativa privada.
De acordo com os dados federais, as despesas empenhadas da UFRJ cresceram 49% de 2012 a 2018. Os gastos obrigatórios, no entanto, subiram 61%. Por outro lado, as despesas livres caíram 3%. Considerando os desembolsos com o Museu Nacional, os valores recuaram 41%.
FONTE: https://oglobo.globo.com/rio/museu-nacional-ficou-com-009-dos-recursos-livres-da-ufrj-em-2018-23039963?utm_source=Twitter&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar
Postado por Cláudio H. Dahne (Ciências Biológicas - UFC)
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