Marcos Seitz |
Neste mês, Marcos e o irmão, Alexandre Seitz, de 35 anos, foram reconhecidos nacionalmente no Desafio da Máxima Produtividade da Soja, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), em Passo Fundo (RS). A produtividade média dos terrenos na propriedade dos Seitz, na safra 2016/17, foi de 75 sacas de soja por hectare e de 226 sacas de milho por hectare. “Conseguimos esse desempenho porque melhoramos o tratamento fitossanitário, a qualidade do solo, choveu na medida certa e a temperatura ficou numa faixa ideal, entre 15° C e 35° C”, cita Marcos.
Alexandre Seitz |
O produtor acredita que 30% dos erros no campo estão na escolha dos materiais genéticos, de acordo com o solo e o ambiente. “A maioria das pessoas foca apenas em máquinas”, afirma Marcos. Segundo ele, o prêmio é a recompensa de muito esforço e anos de trabalho. “A gente se arrepia só de escutar, é uma felicidade enorme”, destaca.
Os Seitz fazem rotação de culturas há 17 anos. Atualmente, plantam cevada, trigo e aveia. Em setembro, vem o milho, seguido por uma safrinha de feijão. A soja volta até o início de novembro. “Nosso trabalho é algo que nunca vai ter fim. E não tem nada mais gratificante do que produzir alimentos para o mundo”, diz Marcos, que já é da quarta geração de agricultores (seus bisavós vieram da antiga Iugoslávia, atual Croácia).
Aprendendo com os campeões
O presidente do CESB, Luiz Nery Ribas, avalia que os campeões em produtividade de soja têm qualidades em comum, que devem servir de exemplo para os demais agricultores. “Todos investem em sementes certificadas, adotam as boas práticas, fazem manejo e cobertura do solo, rotação de culturas, plantio direto e arranjo espacial. São fatores constantes entre os vencedores”, diz Ribas.
Segundo ele, o Paraná vem se destacando nos desafios do CESB. “É uma área pioneira no plantio direto e, historicamente, tem condições muito favoráveis à produção”, completa Ribas.
Redação CIB, 30 de junho de 2017
Postado por David Araripe
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