Pular para o conteúdo principal

AstraZeneca, CNPq e Einstein se unem para fomentar desenvolvimento científico

Iniciativa inclui bolsas internacionais de pós-doutorado para cientistas brasileiros e parceria em pesquisa e desenvolvimento de estudos clínicos para doenças cardiovasculares, renais e metabólicas

AstraZeneca, biofarmacêutica global, firmou um compromisso de colaboração com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, para a implementação de dois projetos que promovem a inovação e desenvolvimento científico no Brasil.
As ações fazem parte do Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação 2018/2019, uma iniciativa conjunta liderada pelos governos do Brasil e do Reino Unido para o desenvolvimento de projetos e estratégias para quatro temas fundamentais: saúde e ciências da vida, clima e biodiversidade, agricultura sustentável e energia.
Uma das iniciativas é uma parceria firmada com o CNPq para o desenvolvimento de um programa que oferecerá dez bolsas para cientistas brasileiros, que poderão trabalhar e desenvolver projetos em centros de Pesquisa e Desenvolvimento da AstraZeneca nos EUA e Reino Unido por um período de dois anos.
Para o Presidente do CNPq, Mario Neto Borges, a parceria com a AstraZeneca é emblemática por associar a maior agência de fomento à pesquisa pública do Brasil com uma indústria farmacêutica internacional de ponta do Reino Unido. “Essa parceria ganha um colorido especial ao ser celebrada no Ano da CT&I entre os dois países. Os pesquisadores brasileiros terão oportunidade de se aperfeiçoar no mais moderno e avançado laboratório farmacêutico recém construído na Inglaterra”, ressalta, Mario Neto.
A outra ação será realizada com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que visa estabelecer centros científicos para colaboração em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de medicamentos, educação e tecnologia, como foco para mercados internacionais. Na área de P&D, as atividades incluem um programa específico focado em doenças cardiovasculares, renais e metabólicas.
“É uma satisfação liderar a iniciativa na América Latina, não só pela inovação que a parceria científica com a AstraZeneca representa, mas também pela importância do desenvolvimento de projetos para o combate a doenças tão prevalentes em nosso meio”, afirma Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.
A parceria faz parte do programa iDream Hubs, projeto internacional da AstraZeneca para criação de centros de excelência em colaboração com instituições externas com foco em pesquisa e desenvolvimento, educação e tecnologia. “Em esfera global, o projeto visa parcerias com startups, grupos de pesquisa e colaboração com empresas, universidades e outros grupos para identificar e desenvolver produtos e soluções específicas para cada região”, explica Fraser Hall, presidente da AstraZeneca Brasil.
Além das parcerias de colaboração bilateral no campo científico, o Ano Brasil-Reino Unido de Ciência e Inovação 2018/2019 prevê uma variedade de eventos nos dois países, com destaque para workshops científicos, seminários de inovação e palestras que serão realizadas no Brasil com cientistas britânicos de alto nível. “Estamos entusiasmados com as possibilidades de parcerias entre Brasil e Reino Unido. A assinatura destes acordos, dentro da programação do Ano, demonstra que há espaço para impulsionar o intercâmbio entre empresas e centros de pesquisa, com a finalidade de capacitar, incrementar os currículos e estimular os pesquisadores para pensar em soluções para os desafios futuros nos campos da ciência e da inovação”, comenta o Embaixador britânico no Brasil, Vijay Rangarajan.
Para o presidente da AstraZeneca Brasil, Fraser Hall, os projetos atendem necessidades cruciais para o fomento da ciência no Brasil. “Na AstraZeneca, temos um forte compromisso em expandir as fronteiras da ciência. E as parcerias estratégicas com duas grandes instituições da esfera pública e privada possibilitarão aos cientistas desenvolverem todo o seu potencial em campos de pesquisa no Brasil e no exterior.”
Postado por:  Hadson Bastos

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS E A EQUAÇÃO DE ARRHENIUS por Carlos Bravo Diaz, Universidade de Vigo, Espanha

Traduzido por Natanael F. França Rocha, Florianópolis, Brasil  A conservação de alimentos sempre foi uma das principais preocupações do ser humano. Conhecemos, já há bastante tempo, formas de armazenar cereais e também a utilização de azeite para evitar o contato do alimento com o oxigênio do ar e minimizar sua oxidação. Neste blog, podemos encontrar diversos ensaios sobre os métodos tradicionais de conservação de alimentos. Com o passar do tempo, os alimentos sofrem alterações que resultam em variações em diferentes parâmetros que vão definir sua "qualidade". Por exemplo, podem sofrer reações químicas (oxidação lipídica, Maillard, etc.) e bioquímicas (escurecimento enzimático, lipólise, etc.), microbianas (que podem ser úteis, por exemplo a fermentação, ou indesejáveis caso haja crescimento de agentes patogênicos) e por alterações físicas (coalescência, agregação, etc.). Vamos observar agora a tabela abaixo sobre a conservação de alimentos. Por que usamo...

Two new proteins connected to plant development discovered by scientists

The discovery in the model plant Arabidopsis of two new proteins, RICE1 and RICE2, could lead to better ways to regulate plant structure and the ability to resist crop stresses such as drought, and ultimately to improve agricultural productivity, according to researchers at Texas A&M AgriLife Research. Credit: Graphic courtesy of Dr. Xiuren Zhang, Texas A&M AgriLife Research The discovery of two new proteins could lead to better ways to regulate plant structure and the ability to resist crop stresses such as drought, thus improving agriculture productivity, according to researchers at Texas A&M AgriLife Research. The two proteins, named RICE1 and RICE2, are described in the May issue of the journal eLife, based on the work of Dr. Xiuren Zhang, AgriLife Research biochemist in College Station. Zhang explained that DNA contains all the information needed to build a body, and molecules of RNA take that how-to information to the sites in the cell where they can be used...

Fármaco brasileiro aprovado nos Estados Unidos

  Em fotomicrografia, um macho de Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose CDC/G. Healy A agência que regula a produção de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, a FDA, concedeu o status de orphan drug para o fármaco imunomodulador P-Mapa, desenvolvido pela rede de pesquisa Farmabrasilis, para uso no tratamento de esquistossomose.  A concessão desse status é uma forma de o governo norte-americano incentivar o desenvolvimento de medicamentos para doenças com mercado restrito, com uma prevalência de até 200 mil pessoas nos Estados Unidos, embora em outros países possa ser maior. Globalmente, a esquistossomose é uma das principais doenças negligenciadas, que atinge cerca de 200 milhões de pessoas no mundo e cerca de 7 milhões no Brasil.  Entre outros benefícios, o status de orphan drug confere facilidades para a realização de ensaios clínicos, após os quais, se bem-sucedidos, o fármaco poderá ser registrado e distribuído nos Estados Unidos, no Brasil e em outro...